Dilma defende Petrobras e condena corrupção na diplomação
A
presidenta Dilma Rousseff saiu hoje (18) mais uma vez em defesa da
Petrobras, e conclamou a população a firmar um pacto contra a corrupção e
afirmar que o crescimento do país vai se acelerar “mais rápido do que
alguns imaginam”. Em discurso na cerimônia de diplomação pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ela disse também que cabe aos eleitos
governarem bem e, ao segundo colocado, exercer o papel de oposição da
melhor maneira possível. “Como eleição democrática não é uma guerra, não
produz vencidos”, declarou.
Dilma Rousseff discursou logo após receber o diploma - que a habilita
a ser empossada no dia 1º de janeiro - das mãos do presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Tóffoli. Em uma fala
voltada a promessas de ações conceituais, de como pretende iniciar o seu
segundo mandato, ela fez questão de repetir palavras como “novo”,
“mudança” e “esperança”.
Os casos de corrupção da Petrobras foram explicitamente citados pela
presidenta em meio à linha de raciocínio de que “alguns funcionários”
foram atingidos no processo, mas é preciso “continuar acreditando na
mais brasileira das nossas empresas”. O argumento utilizado foi o de que
é preciso “punir pessoas, não destruir empresas”. “Estamos enfrentando
com destemor, e vamos transformar [o caso] em energia transformadora”,
defendeu. Essa luta contra os malfeitos foi exemplificada por Dilma com
expressões para “apurar com rigor tudo de errado”, “criar mecanismos que
evitem fatos como esse” e “saber apurar, punir”.
“Não podemos fechar os olhos a uma verdade indiscutível. Chegou a
hora do Brasil dar um basta à corrupção”, declarou a recém-diplomada,
para complementar que um “grande pacto nacional contra a corrupção”,
envolvendo todas as esferas da sociedade, “vai desaguar na grande
reforma política que o Brasil precisa”. No entanto, não é um conjunto de
novas leis que vai resolver os problemas, na opinião da presidenta. Ela
disse que a mudança envolve uma nova consciência de moralidade pública
na atual e nas próximas gerações. “Quero ser a presidenta que ajudou a
tornar esse processo irreversível”, continuou.
“Temos a felicidade de viver em um país onde a verdade não tem mais
medo de aparecer”, afirmou. Punir os responsáveis, no entanto, não
diminui a importância e a competência da empresa, de acordo com a
presidenta reeleita. Para ela, é preciso continuar apostando na
governança da Petrobras, no modelo de partilha e na política de conteúdo
local. “A Petrobras e o Brasil são maiores que qualquer problema e
crise", acrescentou, e "por isso temos capacidade de superá-los e deles
sair melhores e mais fortes”, afirmou.
Após a fala de Dilma, Dias Tóffoli declarou que as eleições são
“página virada” e “que os especuladores que se calem”. “Não há espaço
para terceiro turno que possa vir a caçar voto desses 54.501.118
eleitores”, frisou. Da ABr
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