Nova lei garante 30% de adicional de periculosidade para motociclistas profissionais
A presidenta Dilma
Rousseff sancionou a Lei que reconhece as profissões de mototaxista,
motoboy, motofrete e de serviço comunitário de rua como atividades
perigosas. Com a aprovação do Projeto de Lei 2865/2011, os trabalhadores
da categoria passam a ter direito ao adicional de insalubridade de 30%
sobre o valor do salário. A cerimônia aconteceu nesta quarta (18), no
Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Em seu discurso, Dilma
lembrou a importância da categoria no dia a dia das cidades e os perigos
vividos durante o trabalho. Para ela, a aprovação é um reconhecimento
aos esforços feitos. “Nada mais justo e necessário. Uma categoria que
enfrenta o trânsito, que enfrenta todos os perigos que daí vem, que em
alguns momentos têm de cumprir um horário. Esta categoria tem direito a
periculosidade”, afirmou.
O
ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto
Carvalho, lembrou as lutas feitas para a aprovação do projeto e
ressaltou que a vitória dos trabalhadores brasileiros com a aprovação.
“É importante o Brasil inteiro ver que vocês (motoboys) estão no Palácio
para brigar por um direito de vocês. O diálogo, a pressão e a
mobilização que permite essa tarde com mais uma vitória dos
trabalhadores”, disse.
A presidenta ainda
lembrou os diálogos feitos durante a construção do projeto de lei e
frisou a participação das centrais nos debates promovidos. Ela ainda
mostrou preocupação com a segurança do trânsito nas cidades
brasileiras. “Me
preocupa muito as condições de segurança, principalmente o fato de
vocês não terem vias exclusivas, vias segregadas exclusivas. Acho que
temos de abrir essa discussão. É apenas o começo, essa medida do
adicional de periculosidade”, afirmou.
O presidente da União
Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, exaltou a conquista da categoria
e destacou que os trabalhos com o objetivo de alcançar mais conquistas
continuam. “Essa é uma Lei que valoriza o trabalhador. (...) O nosso
presente , nas grandes cidades, conta com os motoboys. Esse é o início
do compromisso da regulamentação dessa categoria”, afirmou.
O projeto
A sanção do PL é o
primeiro resultado da mesa de negociação, que continuará debatendo
outros itens da pauta apresentados pelo grupo, tais como:
- Oferta de linhas de financiamento para aquisição de motocicletas e equipamentos obrigatórios, com taxas de juros subsidiadas para o profissional que tiver o curso de 30 horas;
- Formação de parceria entre o governo e o Centro Educacional do Motociclismo para qualificação de profissionais;
- Realização de campanhas de orientação à criação de leis e regulamentação no âmbito dos municípios;
- Implantação de um programa de proteção ao motociclista.
De acordo com estimativa
do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas
de São Paulo (Sindimoto/SP), a categoria abrange cerca de 2 milhões de
trabalhadores em todo o País.
O Projeto de Lei foi
aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2013 e pelo Senado no
final de maio deste ano. (Com informações do Portal Brasil).
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