Empresa que fornece quentinhas recebe R$ 20 mil do Estado



O Grupo de Escolta e Operações Penitenciárias (Geop) e o Batalhão de Choque permanecem no interior das unidades prisionais. Agora a pouco foi concluída mais uma revista. As equipes tentam manter a ordem. Na tarde desta terça-feira (29) foi registrado um principio de motim na Central de Custódia de Preso de Justiça (CCPJ).

A recusa das quentinhas pelos detentos já dura mais de 30 horas. Os internos também se recusam a sair das celas para cumprir procedimentos de rotina, como o banho de sol. De acordo com informações policiais, não é descartado que os presos estejam escondendo algo dentro das celas, como por exemplo, armamentos.

Cada detento custa em média R$ 2 mil por mês para o Governo do Estado, segundo a Secretaria da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap). O que dá um total de R$ 24 mil por ano para cada preso. No Maranhão, o total de presos chega a 6.315. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, o Maranhão aparece em 19º lugar entre os Estados com maior população carcerária.

De janeiro a julho deste ano, a empresa Masan, responsável pela distribuição da alimentação para as unidades prisionais maranhenses, totalizou mais de R$ 20 milhões em contratos firmados com o Governo. Sendo mais de 90% com a Sejap.

Além das cadeiras, a Masan também forneceu nos últimos três anos comida para batalhões da Polícia Militar, delegacias da Polícia Civil e escolas estaduais maranhenses, segundo o Portal da Transparência.

As quentinhas que hoje estão sendo recusadas pelos detentos das três unidades estão sendo distribuídas para moradores da comunidade de Pedrinhas.

A produção da TV Difusora tentou manter contato com a assessoria de comunicação da SEJAP, para que pudesse ser dado um posicionamento sobre a situação dentro das unidades prisionais, mas ninguém da secretaria atendeu aos nossos telefonemas.

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