Abuso Sexual Infanto-juvenil é tema de campanha
A
3ª Vara da Comarca de Balsas promove, no próximo dia 1º de setembro, em
Fortaleza dos Nogueiras (termo judicial da comarca), Campanha de
Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantojuvenil. Capitaneada pela juíza
titular da Vara, Nirvana Maria Mourão, a ação acontece no auditório do
Colégio São Raimundo Nonato (Bairro Nova Fortaleza) das 8h às 13h, e
promete reunir cerca de 200 professores da rede pública de ensino, que
possui aproximadamente quatro mil alunos. Para viabilizar o
comparecimento dos educadores ao evento, as aulas serão suspensas na
data.
Na ocasião, a
magistrada fala ao público sobre o aspecto jurídico do abuso, enquanto
os aspectos psicológicos e sociais serão abordados pelas integrantes da
equipe da Vara, a psicóloga Mônica Leite e a assistente social Ana
Sheila Muniz.
A iniciativa
faz parte do Projeto ‘Denunciar é Proteger’, idealizado pela 3ª Vara de
Balsas e inaugurado em maio, em Nova Colinas (termo), e que tem por
objetivo dar maior visibilidade ao tema do abuso contra criança e
adolescentes no ambiente escolar. Auxiliar a comunidade docente no
processo de identificação de sinais que sugiram a ocorrência do abuso e
na abordagem da criança ou adolescente supostamente abusada,
sensibilizar os profissionais do ensino quanto à criminalização do abuso
sexual infantojuvenil e estimular/ incentivar o registro de denúncias
dos casos a fim de prevenir ocorrências e reincidências também estão
entre os objetivos da ação.
De modo a
garantir o sucesso da campanha, juízes de Direito da comarca, delegados
de Polícia Civil, representantes do Ministério Público e da Ordem dos
Advogados do Brasil foram convidados a participar do evento.
Silêncio -
Segundo a juíza Nirvana Mourão, a ideia é “sensibilizar os educadores
quanto à criminalização do abuso sexual infantojuvenil, mostrando que a
pessoa que cala permite que outra pessoa seja destruída”. A magistrada
alerta para o pacto do silêncio que muitas vezes envolve o abuso em
cidades menores. E enfatiza: “queremos romper com esse silêncio e
estimular o aumento das denúncias, para que os agressores possam ser
responsabilizados pelo crime cometido”.
Nas palavras da magistrada, em
audiências de processos relativos a abusos, não raro as famílias negam o
crime. “Às vezes as pessoas apagam até as evidências do crime, dão
banho na criança. Temos que combater essa cultura de marginalizar e
mesmo de culpar a criança”, diz.
A próxima edição da campanha contemplará os professores da rede pública de ensino da sede da comarca, Balsas.
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