Corrupção sempre tomou banho nos esgotos da Caema
Desde que iniciei no jornalismo, em 1980, sempre ouvia falar que a Caema era um órgão para ajudar o governador de plantão e aos seus amigos. Ou melhor, uma lavanderia a céu aberto, um esgoto por onde jorravam os detritos da imoralidade.
Entra gestão e passa gestão, a mesma postura, as mesmas roubalheiras, a mesma lavagem de dinheiro e o mesmo esgoto fedorento.
Com a entrada do novo governo, esperava-se que a Caema fosse mudar de ar, de cenário, mentalidade e que dali fluíssem águas cristalinas. Qual nada!
Desde o início da nova gestão, a Caema ficou o que sempre foi: um antro de corrupção, a máquina de distribuir dinheiro aos amigos.
O novo dirigente lotou a folha com amigos dele e do governador, a quem deu gratificações fabulosas em detrimento do pessoal antigo da companhia.
Em seguida mais um contrato nebuloso com a Sá Vale Advogados, ao valor de R$ 828 mil, com dispensa de licitação por um período de seis meses, sendo que 90 já foram cumpridos e agora mais três meses através de aditivo.
O pior de tudo é a corrupção descarada que se mostra no contrato. A banca foi criada no final do ano passado e, por essa razão, contestada na Justiça, por ação popular protocolada pelo experiente advogado Pedro Leonel Pinto de Carvalho.
Ele quer a nulidade do contrato e mostra a postura contraditória da Caema por não justificar a ausência do processo licitatório legal, conforme determina a lei. Além disso, por ser criada recentemente, à banca de advogados falta notoriedade e fama profissional.
Mas, em se tratando de Caema, talvez desde a sua fundação, sempre foi um esgoto por onde a corrupção se enlameia mais ainda.
Abaixo o contrato vergonhoso com dispensa de licitação:
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