MA: mais de 22 mil focos de incêndio já foram registrados só este ano
De acordo com o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), atualmente o Maranhão está ocupando a terceira posição
no ranking dos estados com maior número de queimadas, perdendo apenas
para os estados do Pará e Mato Grosso.
O monitoramento que é realizado diariamente por satélite, já
registrou 22.623 focos de incêndios no estado. O resultado equivale a um
aumento de 104% se comparado ao número de focos de incêndio registrado
no ano passado, que foi de 11.047 focos.
As condições climáticas e a fato de chuvas são as principais causas
dos incêndios. As reservas indígenas localizadas nos municípios de
Amarante, Grajaú e Barra do Corda são as áreas mais atingidas. Pelo
menos 300 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fazem o trabalho diário de combate e
controle em terras indígenas, como Arariboia, Bacurizinho e Porquinhos.
Na Terra Indígena (TI) Bacurizinho, o combate é realizado por duas
brigadas indígenas, uma delas especializada em Caatinga, e parte da
equipe do Distrito Federal, totalizando 44 brigadistas e três
servidores.
Apesar dos números alarmantes de focos de incêndio já catalogados, o
Ibama garante que a situação está sobre controle. “Estamos focando no
trabalho de prevenção. Estamos contando com a ajuda de brigadistas
indígenas, que além de conhecer bastante a região, eles estão aprendendo
técnicas de combate ao fogo e recebendo educação ambiental sobre
culturas milenares sobre como tratar o fogo”, afirmou o ministro do Meio
Ambiente, Sarney Filho.
Combate e prevenção
No primeiro semestre de 2017, o INPE registrou 41.885 focos de calor na Amazônia, o que representa aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2016: 36.279.
Com o objetivo de combater a incidência de incêndios, foram contratados pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama 866 brigadistas florestais para atuar em 52 brigadas federais: 27 em terras indígenas, 13 em assentamentos federais, 2 em territórios quilombolas, 7 especializadas em diferentes biomas e 3 de pronto atendimento.
As equipes estão distribuídas em bases de operação localizadas no Distrito Federal e em 13 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins.
Para atuar no combate aos focos, os brigadistas receberam uma capacitação composta por 33 cursos de Formação de Brigada Florestal, quatro de operador de motosserra (para ao combate ao fogo), dois de Perícia de Incêndios Florestais, um de Combate Aéreo, um de Elaboração de Mapas de Carga de Combustível, um de Sistema de Controle de Incidentes (SCI) e um Oficina de Combate Ampliado.
Até agosto, seguindo as diretrizes do Manejo Integrado do Fogo (MIF), as brigadas realizaram 1.368 ações de educação ambiental para um público de aproximadamente 20 mil pessoas. As equipes também prepararam 4 mil quilômetros de aceiros e acompanharam 196 “queimas controladas” (uso do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos), que somaram 4.976 hectares.
O Programa Brigadas Federais protege diretamente cerca de 21 milhões hectares de Terras Indígenas, projetos de assentamento e territórios quilombolas, áreas que abrigam aproximadamente 160 mil pessoas. Também auxilia na proteção de cerca de 11 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e municipais.
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